terça-feira, 4 de setembro de 2018

Exercícios físicos para prevenção de quedas. Ensaio clínico com idosos institucionalizados em Goiânia

Introdução:
As quedas em idosos constituem-se importante problema de saúde pública em todo o mundo, porque aproximadamente 30% da população idosa residente na comunidade referem o episódio uma vez ao ano. Esse número sobe para 50% em pessoas com 80 anos ou mais. Entre os idosos institucionalizados, essa frequência varia entre 30 e 75%. Quedas devem ser sempre valorizadas, pois são importante causa de mortalidade e morbidade entre idosos, repercutindo em consequências imediatas, como também em efeitos cumulativos e incapacitantes. Estão associadas a lesões, principalmente fraturas, gerando aumento de despesas com hospitalização e tratamento em longo prazo, e apresentam alto impacto na qualidade de vida.

Resultados:
A Tabela 1 apresenta as características autor relatadas do perfil sociodemográfico, condições de saúde-doença e aspectos motores dos idosos. Na Tabela 2 pode ser observado que, nos doze meses anteriores à intervenção, o episódio queda foi relatado por 8 idosos, e, a partir do período de doze meses do início da intervenção, o número de idosos que apresentaram relato de queda foi igual a 4. Essa diminuição não foi significativa. Por outro lado, houve relato de 16 quedas no ano anterior à intervenção e somente 05 após o início desta, sendo a diferença significativa. Na Tabela 3 encontra-se a comparação do equilíbrio, marcha, força muscular, flexibilidade e medo de quedas nas três fases da intervenção. Foram observadas diferenças significantes para POMA-Equilíbrio, POMA-Total, força muscular de preensão palmar e de membros inferiores e flexibilidade do movimento de flexão dos ombros. Não foram encontradas diferenças significantes para POMA-Marcha, flexibilidade linear (medida pelo teste Chair Sit-and-Reach) e Escala de Eficácia de quedas

Conclusão:
 A intervenção realizada mediante um programa de exercícios mostrou-se adequada para melhorar equilíbrio, força muscular de membros inferiores e superiores e flexibilidade de ombro, contribuindo para redução significativa do número de quedas entre os idosos participantes do estudo; porém, não suficiente para melhorar a marcha, flexibilidade multiarticular da coluna e quadril e medo de quedas, bem como para reduzir o número de idosos caidores após o estudo. Considerando a queda uma síndrome tão complexa, pode-se compreender a magnitude da dificuldade de se encontrar respostas efetivas para sua prevenção, tanto em relação ao número de idosos que sofrem esse evento quanto na frequência dos episódios.

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