As quedas em idosos constituem-se importante
problema de saúde pública em todo o mundo,
porque aproximadamente 30% da população
idosa residente na comunidade referem o episódio uma vez ao ano. Esse número sobe para 50%
em pessoas com 80 anos ou mais. Entre os idosos institucionalizados, essa frequência varia entre
30 e 75%.
Quedas devem ser sempre valorizadas, pois
são importante causa de mortalidade e morbidade
entre idosos, repercutindo em consequências
imediatas, como também em efeitos cumulativos
e incapacitantes. Estão associadas a lesões,
principalmente fraturas, gerando aumento
de despesas com hospitalização e tratamento em
longo prazo, e apresentam alto impacto na qualidade
de vida.
Resultados:
A Tabela 1 apresenta as características autor relatadas
do perfil sociodemográfico, condições de
saúde-doença e aspectos motores dos idosos.
Na Tabela 2 pode ser observado que, nos doze
meses anteriores à intervenção, o episódio queda
foi relatado por 8 idosos, e, a partir do período
de doze meses do início da intervenção, o número
de idosos que apresentaram relato de queda
foi igual a 4. Essa diminuição não foi significativa.
Por outro lado, houve relato de 16 quedas no
ano anterior à intervenção e somente 05 após o
início desta, sendo a diferença significativa.
Na Tabela 3 encontra-se a comparação do
equilíbrio, marcha, força muscular, flexibilidade
e medo de quedas nas três fases da intervenção.
Foram observadas diferenças significantes para
POMA-Equilíbrio, POMA-Total, força muscular
de preensão palmar e de membros inferiores
e flexibilidade do movimento de flexão dos ombros.
Não foram encontradas diferenças significantes
para POMA-Marcha, flexibilidade linear
(medida pelo teste Chair Sit-and-Reach) e Escala
de Eficácia de quedas
Conclusão:
A intervenção realizada mediante um programa
de exercícios mostrou-se adequada para melhorar
equilíbrio, força muscular de membros inferiores
e superiores e flexibilidade de ombro, contribuindo
para redução significativa do número
de quedas entre os idosos participantes do estudo;
porém, não suficiente para melhorar a marcha,
flexibilidade multiarticular da coluna e quadril
e medo de quedas, bem como para reduzir o
número de idosos caidores após o estudo.
Considerando a queda uma síndrome tão
complexa, pode-se compreender a magnitude da
dificuldade de se encontrar respostas efetivas para
sua prevenção, tanto em relação ao número de
idosos que sofrem esse evento quanto na frequência
dos episódios.
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